Poderemos com certeza encontrar várias respostas à questão ? “Como se criam os serviços públicos digitais do futuro?”. Seja pela criação de serviços relevantes e adaptados às necessidades reais dos Cidadãos. Seja pela sua simplicidade e clareza na utilização. Seja pela utilização das tecnologias mais avançadas e seguras. Seja por garantir a acessibilidade a estes serviços por qualquer pessoa, independentemente das suas limitações. Ou muitas outras perspetivas, extraordinariamente relevantes e que contribuem em muito para a melhoria dos serviços públicos digitais de relação dos Cidadãos com o Estado.
Mas, os serviços públicos digitais do futuro também se constroem, através de uma evolução sustentada e articulada de todos estes serviços em todas as áreas do Estado. De que interessa uma determinada área ser bastante evoluída nos serviços que presta, se a área ao lado ainda nem começou o seu processo de transformação (não transição) digital? Que utilidade tem para os Cidadãos serviços de excelência se as entidades públicas não comunicarem entre si? Como pode ser o Estado eficiente na utilização dos recursos, sem nenhum tipo de modularidade e reutilização das peças tecnológicas e experiência que compõem os serviços?

Mosaico de soluções
É a muitas destas questões que procura responder o Mosaico, o modelo comum para a construção e evolução dos serviços públicos digitais. Uma ferramenta da Administração Pública Portuguesa que agrega, relaciona e promove todos os “mosaicos” que podem ajudar as diferentes entidades públicas a construirem e evoluirem os serviços públicos digitais do futuro. Um “mosaico” para as várias dimensões – planear, descobrir, definir, desenhar, desenvolver, avaliar e evoluir – de transformação digital dos serviços públicos, definido por princípios fundamentais e feito a pensar nos perfis de profissionais que todos os dias dão suporte a diferentes áreas técnicas de projecto.
A par de tudo isto, o Mosaico é também uma declaração de transparência e abertura. Um esforço genuíno de ligação do Estado com a sociedade civil para tornar claras as peças que compõem os serviços públicos (salvaguardando como não poderia deixar de ser, o bom funcionamento e segurança de toda a infraestrutura) e colocar isso ao serviço da economia do país.
Fotografia © Maria Lupan (Unsplash)