Resultado de um amadurecimento de vários anos de prática da disciplina de design, o exercício de definir princípios, através por exemplo de um manifesto, que de alguma forma possam caraterizar uma determinada abordagem ou perspectiva, constitui-se como um trabalho permanentemente em aberto. Muitos podem ser os caminhos, e opções seguramente não faltam. Mas, definir princípios é também um exercício de escolha e identificação do essencial em cada momento. E isso tem sempre grande valor, especialmente numa disciplina como o design.
Assumindo o design enquanto visão transformadora da sociedade, contributo essencial para uma economia de valor acrescentado, o manifesto do DXD assume-se fundamentalmente como um preâmbulo de reflexão para o papel que o design pode desempenhar em todo este contexto. Num cenário onde cada pessoa é protagonista da sua própria “marca”, é de grande importância existir um pensamento consciente do contributo que qualquer disciplina pode dar à sociedade e economia. Por outras palavras, no caso da disciplina do design é essencial pensar não só naquilo que se faz, mas também como e porque se faz.
Mais do que meras concepções abstratas, este manifesto representa um compromisso sincero entre o “saber fazer” e o “saber pensar”, ao mesmo tempo que se expressa na visão do design sobre o qual o DXD procura refletir. Um manifesto que se torna no ponto de partida para afirmação de uma abordagem própria em todos os conteúdos, projetos e iniciativas, que mesmo podendo ser muito díspares entre si, refletem uma visão comum sobre o papel do design e naturalmente dos designers.
1. Afirmar o autêntico sentido da cidadania em todas as suas dimensões.
2. Desenvolver marcas construindo produtos, serviços e experiências e únicas.
3. Procurar uma atitude multidisciplinar na afirmação de uma estratégia.
4. Arquitetar a forma em função do seu propósito essencial.
5. Perceber a simplicidade eficaz como antítese do simplório.
6. Olhar ao detalhe até ao ponto em que ele o deixa de ser.
7. Traduzir em soluções a pesquisa e aprendizagem permanente.
8. Encarar a iteração e experimentação como um processo infinito de evolução.
9. Fazer do método o principal fator de diferenciação.
10. Olhar para o imprevisto como uma oportunidade de superação.